Visitar
amigos queridos no “lugar aonde o peixe chega” – pirá (peixe), syk
(chegar) e aba (lugar), em tupi – e onde
o pintinho faz pir, corococóór, foi o programa do feriado
de Finados. O nome da cidade é uma
referência às quedas do Rio Piracicaba, que bloqueiam a piracema.
Partimos
na madrugada do dia 2 e chegamos para almoçar com Viviane, que decolou em
Maringá às 6h e pousou em Campinas às 7h15, sr. Mariano, Enzo, Sueli e César, o
“pira” mais “cicabano” do lugar.
A
viagem começou bem, sem a chuva prevista pela meteorologia, e terminou melhor
ainda na companhia do Viageiro e amigo Zerob, que nos aguardava no quilômetro
290 da Castelo Branco, no trevo Tietê/Cerquilho. Desconfiado de que passaríamos
direto por Tietê sem provar o cafezinho da Cris, ele foi ao nosso
encontro na estrada.
A
visita ficou mesmo para domingo e ele nos acompanhou até a entrada de
Piracicaba. César teve de nos resgatar em um posto de gasolina no centro, pois
o GPS pifou no meio da viagem e o Jardim Prezotto ficou inalcançável somente
com as dicas dos moradores.
Um
tanto de risadas, cerveja e soneca depois, o dia pediu um passeio para conhecer
o famoso riiiiiiiio de Piracicaba. No roteiro, o Museu das Águas, o Aquário
Municipal e o Engenho Central, construído em 1881 e tombado como patrimônio
histórico e cultural. O antigo engenho de cana-de-açúcar é um lindo espaço de
lazer, cultura e recreação.
No
Engenho reencontramos mais amigos, Mário e Ana, antigos companheiros em Maringá
e companhia mais do que agradável nos petiscos típicos no bar de nome
sugestivo, Porto Seguro, na rua do Porto. Mais risadas, mais cerveja, muito
peixe e a certeza de que era muito bom estar ali.
Na
manhã seguinte, Luiz e César saíram cedo para trocar os pneus da VStrom. Com 13
mil km, os antigos foram substituídos pelo Anakee 2, muito recomendados. A pequena
multidão – César, Sueli, Enzo, Viviane, Zerob, Cris, Luiz e eu – passaria o dia
na Fazenda Cachoeiras de Furna, em São Pedro, cidadezinha encostada em Pira. Muita
gente teve a mesma ideia, mas a pequena fila na rodovia de pista simples não
chegou a incomodar. E nem poderia.
No
domingo pulamos cedo. O combinado era almoçar com Zerob, Cris e a neta Lavínia
no “restaurante verde”, que serve o melhor “parmegiana” da região. A trupe piracicabana
nos guiou até a saída da cidade, mas esqueceu de voltar. Só percebemos a
mudança de planos depois do jipe rodar cerca de 20 quilômetros na rodovia.
O
comboio chegou à casa do Zerob, que novamente nos encontrou na estrada, para buscar
o restante da família do tieteense – Cris, Carolina, Marcelo e Lavínia - e seguir
para o almoço em Porto Feliz, distante 32 quilômetros de Tietê.
Os
últimos abraços de despedida foram dados por volta das 13h30 no restaurante A
Garapeira. César, Sueli, Viviane e Enzo voaram para Piracicaba buscar as malas
da Viviane, que seria deixada em Campinas às 16h. Cris voltou para Tietê com a
filha, o genro e a neta e nós iniciamos a volta para casa, acompanhados por
Zerob, que fez questão de nos levar até a Castelo Branco. Ele de gorducha e nós
de Super Teneré, só pra variar.
Como
sabemos que nossos amigos mudam de ideia muito rápido, não nos surpreendemos
quando ele acelerou pra valer na Castelo Branco. Chegamos a pensar numa
esticada rápida até Maringá, mas foi só até Boituva, a terra do paraquedismo. Dali percorreríamos os 536
quilômetros que nos separavam de casa sozinhos, e Zerob seguiria para um
churrasco em Mogi Guaçu com outros Viageiros, não sem antes buscar a Cris em
Tietê. Eita animação admirável!
Entramos
em casa às 21 horas, moíííííídos, com se diz em Piuracicaba, mas felizes. E muito bem acompanhados até o fim do dia.