Caraíva, meu amor

Dá para acreditar que existe um lugar lindo assim? Caraíva é isso, uma pérola escondida entre o rio que dá nome à pequena vila de pescadores, e o mar. Descemos para o rio assim que chegamos na casa do Birau, grande amigo da Gisele e Maurício. Lúcia, Cris, Luiz e Rosinha nos acompanharam. Na verdade, nós é que aproveitamos para descer com eles, já no portão quando chegamos. Passamos o final da manhã nadando no rio, de água cristalina e fresca. Quando decidimos cruzá-lo e montar acampamento às suas margens, mas na areia da praia, uma parte o fez a nado enquanto a outra foi de "condução", carregando todas as bolsas, chinelos e câmeras fotográficas no barco. Gisele levou uma canseira das crianças, que só queriam brincar na água. Elas só concordaram em sair quando chamadas para comer pastel no Boteco do Pará. Provamos um pastel de arraia saborosíssimo. Passeamos um pouco pela charmosa rua principal da vila antes de cruzar novamente o rio de volta para casa, onde Birau já preparava o fogo para assar a caranha, prato principal do almoço/jantar. Birau, cirurgião-dentista, é cunhado de Lúcia e pai de Januário. Este é pescador, marido da Cris e pai de Luiz e Rosinha. Todos moram em um sítio atrás do rio, com linda vista para a vila e o mar. Janu, como é chamado pela família, voltou do trabalho de mãos cheias: uma barracuda, dois badejos, dois budiões azuis e um peixe-papagaio que, juntos, pesavam cerca de 15 quilos. O céu já estava absurdamente estrelado quando o jantar foi servido. Além do peixe assado, o cardápio continha arroz, feijão preto, farofa 'caipira', creme de abóbora com coco e camarão e salada de alface, rúcula, tomate e cenoura. Um verdadeiro banquete, no paraíso e em excelente companhia.