quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Chuva, chuvisco, chuvarada

Domingão de carnaval e a gente voltando para casa. A despedida foi na praia do Sting, onde passamos a ensolarada tarde de sábado admirando a beleza da paisagem sentados em frente ao mar azul. Bem, não ficamos apenas sentados, claro. Como sempre, o mar estava irresistível e convidativo. 
Em seguida à pequena participação no bloco Ladeira Abaixo, para não ir embora sem provar o gostinho do carnaval baiano, à noite jantamos com Gisele, Maurício e Giovana. Depois de trabalhar o dia inteiro, Maurício assumiu a cozinha e preparou o famoso bobó de camarão que é sua especialidade. Foi uma noite de recordações alegres dos dias maravilhosos que haviam chegado ao fim. Graças ao carinho e atenção da Gisele, Carla, Maurício e toda turma, nos sentimos em casa e já estamos com saudades.
Acordamos às 5h30 no maior silêncio para não incomodar a Giovana e a Cláudia, irmã da Gi, que dormiam na sala. Pouco antes das 6h começou a chover. Gisele levantou para se despedir da gente e foi ótimo abraçá-la antes de pegar a estrada. Paramos para abastecer logo na saída de Arraial e aproveitamos para vestir a roupa de chuva, pois o céu não estava em um dia de muitos amigos. Seguimos devagar até o Vale Verde, pequena vila a 20 quilômetros do Arraial, esperando que as nuvens escuras se mantivessem distantes, mas era pedir demais. Aproveitamos para tomar café - o primeiro sem pão, apenas cuecas viradas sem açúcar - enquanto a chuva caía mansa.
E assim foi até a divisa com Minas Gerais. Em alguns trechos a chuva apertou, mas nada que preocupasse ou atrapalhase a viagem. O céu permaneceu carregado nos 630 quilômetros até Governador Valadares, cumpridos em oito horas.
O tempo esquentou quando entramos em Minas, embora as nuvens continuassem amontoadas e cinzas lá no céu. A estrada vazia permitiu contemplar com detalhes as altivas montanhas de pedra entre Nanuque e Teófilo Otoni. De encher os olhos.
Em meio a tanta chuva, um subversivo arco-íris rompeu a sisudez do céu e apareceu para nos desejar boa viagem quando estávamos de saída de Arraial. Na entrada de Valadares, o sol, que também se esforçava para desviar da barreira cerrada de nuvens, apareceu envolto em círculos coloridos, em uma espécie de boas-vindas. Sentimos que seria uma boa viagem de volta.


 







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