quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

E-s-p-e-t-a-c-u-l-a-r!





Pulamos cedo na terça-feira, embora a noite de sono tenha sido curta, pois Ló, Juliana e eu ficamos de prosa até meia-noite. A madrugada estava fria e com neblina e foi assim que entramos na BR 116. A primeira das várias paradas deste dia de viagem, mais para descansar do que abastecer, foi em um posto na entrada de Teófilo Otoni, mineiramente chamada de 'Tiófilo'. A gorducha foi o centro das atenções. Um policial rodoviário federal recém-chegado puxou conversa e começou a falar da estrada. Logo um caminhoneiro paulista se aproximou querendo saber de onde vínhamos e se havíamos passado pela BR 381. Segundo ele, na segunda, um grave acidente entre uma carreta e um Ecosport deixou três mortos. Triste notícia. Seguimos em frente, sem a companhia do sol e muito à vontade na estrada, bastante vazia. O dia 'ensolarou' por volta das 10h30, clareando melhor os buracos da estrada, que não chegaram a ser um problema. Uma hora depois cruzávamos a divisa das Gerais com a Bahia, uhu! Aí, sim, esquentou. Pouco antes disso, ainda em Nanuque, onde deixamos a BR 116, mais uma parada para o almoço. No cardápio, chumango (biscoito de polvilho assado) e mini coca-cola, ambos rapidamente devorados. A última parada foi em um posto baiano já na BR 101. Um dos caminhoneiros que havia dado passagem para nós também estava lá e veio conversar. Uma figura que já rodou toda a América do Sul e o Brasil, e fez questão de nos contar algumas passagens pelos vários caminhos. Ele estava transportando duas máquinas agrícolas de Serra, no Espírito Santo, até Recife. Levamos uma bronca por termos subido pela BR 381, que ele também desconjura, e não pelo litoral. Explicamos que a escolha foi feita em razão das notícias de assalto na marginal Tietê na na linha amarela, no Rio, de acordo com vários fóruns de motociclistas que frequentei antes de viajar. Segundo ele isso é bobagem, pois os assaltantes buscam motos menores, cegezinhas até 150 cc. Bem, na dúvida, eu é que não vou pagar para ver. Por volta das 15h, 635 quilômetros depois, o mar azul no horizonte de Arraial d'Ajuda estava bem na nossa frente. Ao chegar no hostel fomos hiper bem recebidos pela Carla, a querida e falante gerente, que nos colocou em um suíte cheirossísima e desejou boa noite. Estávamos em frangalhos. Acordamos com a Gisele, nossa amiga querida, que foi nos buscar, e também ao Dim, para ver a lua nascer na praia da Pitinga, onde o Maurício já nos esperava com o Lobo. Melhor final de dia, impossível. Valeu cada centímetro dos 2.090 quilômetros desde que saímos de casa.

 





 



Um comentário:

  1. Lindo tudo, de cabo a rabo. Vocês já tem know how em viagens longas. É só diversão!

    ResponderExcluir